25 março, 2011

Não Faz Isso Com Você, muito menos Comigo


Fazer papel de ridículo não, não por favor, se existe uma coisa que revolta essa gorda que voz fala é ver alguém fazer papel de ridículo, seja lá que tipo de pessoa for, eu tenho um probleminha chamado “eu sinto vergonha alheia”, sim minha gente sentir vergonha alheia é um problema, quando você faz algo que se envergonha é fácil corrigir e não fazer nunca mais, agora me digam o que se faz quando você sente vergonha pelo ato do outro.
Definitivamente eu não tenho essa resposta, eu queria muito saber o que fazer mais eu não sei e isso me deixa triste, quer ser bobo da corte massa, quer ser o idiota da rodada legal, mas entenda que de alguma formar se expor desse jeito é expor outras pessoas, que fazem parte do seu ciclo, a despeito do seus pais e amigos, ou daquelas pessoas que se identificam com você.
Sabe aquela pequena lei que diz os meus atos influenciam na vida dos outros, é isso que acontece quando você resolve bancar o gordo bobo. Digo isso não querendo limitar seus atos em virtude da minha vergonha, nunca, digo em virtude de você não jogar na lama a tentativa desesperada de pessoas como eu de levantar a bandeira do Não Somos Idiotas, então se você paga de idiota em publico não vão estereotipar só a você e sim a todos os gordos.
O que infelizmente inclui a mim e outras pessoas serias que assim como eu quer fugir do estigma de lesado que nos foi "gentilmente" cedido após a vivencia social com gordos idiotas  que nem você que banca o palhaço sem noção na escola, o piadista do trabalho, e a você também gorda oferecida da faculdade.
O pedido é básico antes de fazer papel de idiota sem noção, antes de ficar bêbado e falar merda, antes de dizer por ai que você é um gordo feliz e por isso faz graça pros outros rirem, antes de permitir ser o alvo das piadas e dos vídeos “engradados” da internet pense no seu próximo, se não pensar em nos que queremos ser respeitados, pense na vergonha que você esta fazendo sua família passar, pense no constrangimento dos seus amigos e em fim pense no por que você se permite passar por acéfalo quando têm grandes potencias de vida a serem descobertos.
Escrevi esse texto pensando no fato de querer entender o que deu na moça do vídeo abaixo.

Fim do Cotidiano Gordo


Vou explicar bem detalhadamente para que as pessoas não se dêem ao trabalho de me pergunta por muitas vezes.
Por que terminou o Cotidiano Gordo.
O Cotidiano foi um sonho gostoso de sonhar, mas não condizia com a minha realidade atual, virou um peso, um fardo ao qual eu não estava mais disposta a carregar, eu fiz acontecer o cotidiano lutei pra levar ele até o ponto em que ele chegou, mas as coisas foram ficando pesadas, insalubres....
Não sou de remoer coisas que não me agradam mais, nunca foi a minha intenção fazer a linha bonitinha, modista, feshionista, eu tenho um ideal de vida, um plano que diz que mudar a imagem do gordo na sociedade não é só um sonho mais uma necessidade.  É em nome dessa necessidade que teve inicio o cotidiano gordo, mas ele se tornou diferente dos planos virou mais um espaço como tantos outros.
Parei de receber dos leitores, emails para falar de mudanças e de como ajudar na sociedade, e comecei a receber emails pedindo matérias sobre moda, sobre, cor de cabelo, todas as solicitações de matérias ficaram vazias, e eu para satisfazer a vontade dos leitores fui mudando, virando algo que não era Eu.
Estava pagando um valor monetário para não sentir prazer no que fazia, isso começou a me deixar triste, a não me sentir mais fazendo a diferença, então decide me afastar, parar pra pensar e decide o que eu quero   de fato, como o cotidiano já tinha criado um nome e uma identidade própria, não adiantaria mudar o nome e continuar com os mesmos endereço e as mesmas pessoas, então resolvi mudar tudo de novo.
Chamei as pessoas que valem a pena algumas pessoas antigas valiam sim e muito, mais mudei de ares, e de nome, criei um espaço novo onde farei o que sei fazer bem abre a bocona e falar do que não agrada, do que esta errado e de tudo que podemos mudar.
Então estamos aqui com a gorda revoltada querendo falar e tentar mudar um pedacinho do mundo.    

24 março, 2011

Porque ter Voz


Se todos se calam não há como defender-se, o silencio significa negação de um acontecimento, a voz é um dom de Deus para que você, eu e todos possamos nos comunicar, até mesmo uma criança, sabe que se comunicar é importante para demonstra suas felicidades e seus descontentamentos.  
Se uma criança que ainda tem uma capacidade intelectual menor que a de um adulto (eu sei que em vários casos isso não é verdade) consegue perceber a necessidade de informar aos demais só seus sentimentos, por que é que nós temos que ficar calados. Não nós não temos, não precisamos permitir, e não me venham dizer que isso já mudou que hoje o gordo fala o que pensa, por que isso é uma grande mentira.
As pessoas fingem uma aceitação própria e ficou bem claro que tudo não passou de fingimento, no momento em que se cobrou uma força conjunta, no momento em que foi necessário unirmos as forças para tentar chegar a frente e cobrar do estado Brasil por respeito e dignidade a pessoa gorda e todos esses gordos felizes que posam pela internet sumiram.
Essas pessoas que dizem por ai eu sou isso e aquilo, que se dane quem não gosta de meu corpo, todas essas pessoas se omitiram e se isso não é falta de voz, se isso não é auto-preconceito eu não sei que nome dar, se essa falta de voz não é uma  aceitação da humilhação eu não sei o que é.
Muitas pessoas boas se perderam no meio da Esfera Fat por não mais terem forças de lutar contra o preconceito, e não foi contra o preconceito alheio que tanto falamos e julgamos, perderam a vontade de lutar contra o auto- preconceito perderam a vontade de lutar contra uma força bem mais forte que o preconceito que vem do outro, mais contra o preconceito que vem de dentro de si mesmo.
Eu cheguei a desistir, a desanimar, perde a vontade de reagir contra tudo isso, mas eu sei que tenho uma voz, sei que posso ajudar em alguma coisa mesmo que seja o mínimo, mesmo que em um ano eu só consegui fazer acordar uma pessoa, ainda assim serei vitoriosa.  Por conseguir fazer alguém enxergar  mais que um palmo diante do nariz.